quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Pão integral

Nesta última segunda feira, o Ettore chegou da escola todo animado carregando um pacotinho. Assim que eu peguei achei que fosse um biscoito, mas quando eu olhei com mais atenção, vi que era um pãozinho. Perguntei se ele tinha feito na aula de culinária (isso mesmo, 3 anos e meio e tem aula de culinária!), e ele me respondeu feliz da vida que sim, ele mesmo tinha feito o tal pãozinho.
Na hora do lanche ele quis comer o pão, mas mudou de idéia porque estava duro (mais parecia um biscoito mesmo), não tinha gosto e o cheiro não estava lá essas coisas. Claro, ele tem 3 anos, eu não esperava que o pão estivesse perfeito.
Peguei a receita que veio junto com o pãozinho e mudei um pouquinho. Ficou assim:


Pão integral

170g ou 1 1/4 de xíc. de farinha de trigo
170g ou 1 1/4 de xíc. de farinha de trigo integral
14g ou 1 col. de sopa de açúcar mascavo
14g ou 1 col. de sopa de manteiga sem sal (pode ser óleo de canola)
7g ou 1 col de chá de sal
4g ou 1 col de café de fermento biológico seco
204g ou 1 xíc de água bem gelada

Junte as farinhas e o açúcar em uma tigela e misture bem. Coloque aproximadamente 2/3 da água e mexa até formar uma farofa. Acrescente o fermento e misture. Junte o restante da água, sem medo. Misture até formar uma massa compacta. Vai ficar ainda meio dura, mas tudo bem, é isso mesmo. Agora coloque o sal e, fora da tigela, sove até incorporar bem. Por fim, adicione a manteiga. Dá a sensação de que a massa vai desandar, mas continue sovando. Ela já, já vai ficar macia e homogênea. Sove com bastante entusiasmo até a massa atingir o que chamamos de ponto de véu. Sovar a massa significa rasgar a massa para formar uma rede de glúten capaz de prender o gás carbônico produzido pela ação do fermento. O que vai, além de fazer o pão crescer, o deixar leve e macio. E o ponto de véu é justamente um teste pra verificar se esta rede de glúten está formada.
Faça uma bola, cubra com filme plástico ou com um saquinho e deixe descansar por 20 minutos numa tigela untada com óleo ou na bancada mesmo.
Abaixe a fermentação achatando a massa com as mãos. Modele do jeito que você achar mais bacana ( eu fiz uma bola mesmo!) e coloque numa assadeira untada com óleo. Cubra com o filme plástico novamente e deixe crescer até dobrar de volume. Polvilhe com um pouco de farinha integral. Asse em forno preaquecido a 180C por aproximadamente 40 minutos. Retire do forno e deixe esfriar sobre uma grade.







Dicas:

O sal é um agente bactericida, assim sendo, quando o colocamos junto com o fermento acabamos praticamente matando os microorganismos, prejudicando ou aniquilando sua ação desejada: atuar como um agente de crescimento.
A gordura atua impermeabilizando os grãos impedindo que os mesmos absorvam a quantidade de líquidos necessária, além de dar sabor e textura, é claro.
Assim, o ideal é que o sal e a gordura entrem por último, e nessa ordem.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Ah....bolo integral de cenoura e passas

Estou numa fase de bolinhos para café... São simples, rápidos e muito gostosos.
Esse bolo de cenoura era um desejo antigo, uma vontade que simplesmente não passava. Peguei a receita aqui, no Panelinha, um bolinho de cenoura diferente, com cara de bolo de Natal.


Para o bolo

175 g de açúcar mascavo
2 ovos grandes
120 ml de óleo de girassol
200 g de farinha integral
½ colher (chá) de fermento em pó
1 colher (chá) de canela em pó
uma pitada de noz-moscada
raspas de uma laranja
200 g de cenoura ralada
175 de uvas-passas
manteiga para untar e farinha de trigo para polvilhar

Unte uma fôrma de bolo com furo com manteiga e polvilhe com farinha de trigo. Preaqueça o forno a 180ºC (temperatura média).
Na batedeira, junte o açúcar, os ovos e o óleo e bata por 5 minutos, em velocidade alta. Enquanto isso, passe por uma peneira a farinha, o fermento e as especiarias. Diminua a velocidade da batedeira e junte os ingredientes peneirados ao creme de ovos. Bata apenas para misturar. Desligue a batedeira e misture com uma colher a cenoura ralada e as uvas-passas. Coloque a massa na forma e leve ao forno preaquecido para assar por cerca de 40 minutos.

Para a cobertura (opcional)

250 g de cream cheese
20 g de açúcar
2 colheres (chá) de essência de baunilha

Na batedeira, junte todos os ingredientes e bata até formar um creme bem fofinho. Quando o bolo estiver frio, espalhe a cobertura e sirva a seguir.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Bolo de milho

- Vou fazer um bolo pra quem é amigo meu!
Bolo de milho....
Quem não gosta é quem nunca comeu.
"

É uma frase do livro infantil "A Galinha Xadrez" de Rogério S. Trezza, uma adaptação do conto popular "A Galinha Ruiva".


Leio muito pro Ettore e, este livro em particular, ele acha muito divertido!
Passei esse começo de semana querendo fazer bolo de cenoura, uma receita que eu vi já faz um tempo no blog da Rita Lobo. Um bolo que parece simplesmente sensacional, bolo de cenoura integral com passas e canela e cobertura de cream cheese....
Ontem, peguei o Tuco na escola e fomos ao mercado comprar os ingredientes. No caminho contei pra ele do bolo de cenoura e ele:
- Ah não, quero bolo de milho e vitamina de futi futi!
Ai, bolo de milho e vitamina de futi futi, ou melhor, tutti frutti, adoro!


Para o bolo

2 espigas de milho debulhadas
1/4 de xícara de leite
150g ou 1 xícara de açúcar
100 g ou 1/2 tablete de manteiga sem sal em temperatura ambiente
2 ovos
60g ou 1/2 xícara de farinha de trigo
15g ou 1 colher de sopa de fermento químico em pó
2 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro para polvilhar

Bata o milho com o leite no liquidificador até ficar homogêneo. Reserve.
Na batedeira, bata o açúcar e a manteiga até obter uma creme fofo e esbranquiçado. Acrescente os ovos um a um. Junte o creme de milho, a farinha e o fermento. A massa fica com um aspecto talhado, mas tudo bem, vai funcionar!
Coloque numa forma de 20cm com furo untada e enfarinhada e leve ao forno preaquecido a 180C por aproximadamente 30 minutos ou até que, ao fazer o teste do palito, ele saia limpo.
Retire do forno, deixe amornar e desenforme. Quando esfriar, se você conseguir deixar esfriar com o cheirinho de milho espalhado pela casa, polvilhe o açúcar de confeiteiro e sirva.

domingo, 4 de outubro de 2009

Mousse......de graviola

Hoje um amigo lindo e querido, o Marco, veio almoçar aqui em casa. Pra resumir bem, aconteceu o seguinte: eu estava começando a preparar o almoço quando ele chegou. Enquanto ele colocava as bebidas na geladeira, o Ettore, meu filhote, prendeu o dedo na porta do banheiro e eu tive que sair correndo com ele pro hospital, porque parecia mesmo que ele tinha quebrado o dedinho. Deixei o Marco sozinho terminando o almoço!
Duas horas depois e o dedinho inteiro, chegamos em casa e, olha que delícia, o almoço pronto, quentinho! Enquanto os meninos arrumavam a mesa, resolvi fazer uma sobremesa a jato.
Peguei aquele creme-polpa de graviola que eu postei abaixo, que estava congelado, e bati no liquidificador com uma lata de leite condensado e uma lata de creme de leite. Assim, pá pum! E levei pro congelador só pra manter bem geladinho.
Tenho que dizer que eu não tinha a menor intenção de postar essa receita. Mas ficou tão boa essa mousse que não é mousse, que eu achei que merecia.
Na verdade, ontem encontrei uma amiga e ela me disse o seguinte: Pati, fiz uma receita do seu blog! e eu toda feliz perguntei qual receita, e ela: Ah, fiz o beijinho, porque as outras são nível avançado, fiz uma nível básico. (ou alguma coisa bem parecida com isso!)
Aí eu fiquei pensando que quando eu comecei a cozinhar, os blogs que eu mais gostava eram aqueles que faziam as coisas parecerem bem fáceis.
Fê, essa receita foi pra você, (não que você seja nível básico, linda!) mas é pra não perder tempo na cozinha e guardar o sabor na memória.
Ah! Não deu tempo de tirar uma foto, então ficamos assim, só imaginando um creme branquinho, geladinho, de-li-ci-o-so!